12.11.07

ofereça seu sangue quente
no tilintar de um cale-se de cristal

silêncio!
te bebo

E um filete de gota
escorrega
pelo canto de minha boca

pinga no pico do breu
e escorre
qual nascente de rio
(e eu me rio, só rio)
pelas pedras do meu peito

atravessa o vale
rochoso de minhas costelas
inunda o centro do meu eu
fertiliza o intumescido ventre

e meus olhos se fecham

Nenhum comentário: