“De
olhos nos olhos da tristeza aprecio em dar um sorriso,
para
que sua face não me pareça tão horrenda!”
Fédon
Em
a VERTIGEM, A Patela Cia de teatro&dança apresenta a história de Fédon,
filósofo grego e discípulo de Sócrates. É o próprio Fédon quem ressurge da Antiguidade
para contar sua história. Seus interlocutores, nós, sujeitos da
pós-modernidade, acompanhamos solidários o seu testemunho de dor e de amor, nos
tornamos seus cúmplices e mergulhamos de forma sensorial em sua memória difusa,
que busca compreender a sua própria história, o significado de sua existência. Como se
estivesse dando um testemunho de guerra, de destruição, ele renasce da condição
de escravo sexual como a Ave Fênix renasce das cinzas, e se reconhece novamente
homem, se reconstrói na condição de amante e discípulo amado de Sócrates para
tornar-se, enfim, filósofo e dono de seu destino, mensageiro do amor.
Na
verdade, Fédon tampouco possui registros históricos que comprovem a sua existência.
Para uns, ele é apenas um personagem ficcional dos diálogos de Platão, o
preferido de Sócrates, famoso por sua eloquência e por sua beleza. Para outros,
um “socrático menor”, sem grandes contribuições filosóficas.
É
justamente a partir do imaginário da escritora Marguerite Yourcenar que a Cia Patela recria mais uma vez a
história de Fédon, longe do sofismo de Platão e distante da visão
classificatória das ciências filosóficas.
O texto dramatúrgico, transcriado por mim, nasce da partitura corporal criada pelo bailarino/ator Robson Nunes. Esta, por sua vez, foi inspirada no conto “Fédon, ou a Vertigem” do livro Fogos de Marguerite Yourcenar. Surge, portanto, o espetáculo a VERTIGEM que mantém a essência narrativa do conto e apresenta para a platéia um Fédon real, humano, dançante, sobrevivente da guerra entre Atenas e Élis, sua terra natal, um homem que encontra no amor a porta para a sua libertação.
O texto dramatúrgico, transcriado por mim, nasce da partitura corporal criada pelo bailarino/ator Robson Nunes. Esta, por sua vez, foi inspirada no conto “Fédon, ou a Vertigem” do livro Fogos de Marguerite Yourcenar. Surge, portanto, o espetáculo a VERTIGEM que mantém a essência narrativa do conto e apresenta para a platéia um Fédon real, humano, dançante, sobrevivente da guerra entre Atenas e Élis, sua terra natal, um homem que encontra no amor a porta para a sua libertação.
Para
potencializar e estreitar os limites entre as linguagens “palavra x gesto”, na transcriação
“obra literária x partitura corporal e partitura corporal x texto dramatúrgico”,
são utilizados recursos tanto do Teatro e da Dança Contemporânea como da palavra
poética. A partir destas experimentações entre as linguagens do corpo, da
música e da poesia as cenas do espetáculo são criadas. Neste contexto de
trabalho coletivo e cooperativo, o ator/bailarino transforma seu corpo em
linguagem plástica e seus gestos em música, amplia o espaço ficcional do palco
em cenários intangíveis que apresentam a bucólica infância de Fédon, a destruição de sua
terra natal pela guerra, sua viagem através do deserto até a cidade de Atenas e
finalmente seu encontro com Sócrates, para ele sinônimo de amor, sabedoria e
libertação.
Ficha Técnica:
Intérprete
corporal: Robson Vieira;
Diretor: Claudio Márcio;
Texto original: Fédon ou a Vertigem, de Marguerite Yourcenar;
Diretor: Claudio Márcio;
Texto original: Fédon ou a Vertigem, de Marguerite Yourcenar;
Texto
dramatúrgico: Patrícia Mc Quade
Cenário e Figurinos: Juliana Palhares
Iluminação: Bruno e Thainá (sobrenomes)
Produção : A Patela Cia teatro&dança.
Cenário e Figurinos: Juliana Palhares
Iluminação: Bruno e Thainá (sobrenomes)
Produção : A Patela Cia teatro&dança.
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