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eduardo galeano
(tradução livre :: patrícia mc quade)
eduardo galeano
(tradução livre :: patrícia mc quade)
Vive no vento. Voa sempre, voando dorme.
O vento não lhe cansa nem lhe desgasta. Tem vida longa: aos sessenta anos, continua dando voltas e mais voltas ao redor do mundo.
O vento lhe anuncia de onde virá a tempestade e lhe diz onde está a costa. Ele nunca se perde, nem esquece o lugar onde nasceu; mas a terra não é o seu lugar, tampouco o mar. No chão, suas patas curtas caminham mal, e na água se aborrece.
Quando o vento o abandona, espera. Às vezes o vento demora, mas sempre volta; busca por ele, chama por ele, e por fim o leva. E ele se deixa levar, se deixa voar, com suas asas enormes planando no ar.
O vento não lhe cansa nem lhe desgasta. Tem vida longa: aos sessenta anos, continua dando voltas e mais voltas ao redor do mundo.
O vento lhe anuncia de onde virá a tempestade e lhe diz onde está a costa. Ele nunca se perde, nem esquece o lugar onde nasceu; mas a terra não é o seu lugar, tampouco o mar. No chão, suas patas curtas caminham mal, e na água se aborrece.
Quando o vento o abandona, espera. Às vezes o vento demora, mas sempre volta; busca por ele, chama por ele, e por fim o leva. E ele se deixa levar, se deixa voar, com suas asas enormes planando no ar.
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bibliografia: GALEANO, Eduardo. Bocas del tiempo. Buenos Aires : Catálogos, 2004, p. 202.
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bibliografia: GALEANO, Eduardo. Bocas del tiempo. Buenos Aires : Catálogos, 2004, p. 202.
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