— Porque já é distante o bastante.
— Qual o olho que vê melhor?
— O do ciclope.
— Como vai?
— A pé.
— A civilização ocidental deve abrir os olhos para o Ocidente?
— Abrir os olhos.
— O que faz o céu?
— Voa.
— E a ave?
— Povoa.
— Deus existe?
— Eu também.
— Qual o ser mais puro?
— O mineral.
— Qual o ser mais puro?
— O que não fala.
— Por que o homem pensa?
— Por falta de disciplina.
— Os fatos que ninguém viu aconteceram?
— Ponho fé.
— Qual o ser mais puro?
— Bambi.
— Quando você vai voltar pra casa?
— Lá pelas onze.
— O que cabe na cabeça?
— A cabeça.
— Gosta de leite?
— Só com nescau.
— Como assim disciplina?
— Com dois esses.
— Você pertence a alguma religião?
— De uma outra região.
— Como tem passado?
— Parado.
— Por que suas respostas são sempre mais curtas que as minhas?
— Porque sim.
— O que acha da televisão?
— Deve ser vista sem o som.
— Qual o caminho?
— O certo.
— A cabeça cabe na cabeça?
— À beça.
— Quando surgiram?
— Há pouco.
— Qual o comprimento do corno do diabo?
— Só Deus sabe.
— Quando uma mulher te diz não?
— Quando ela tem razão.
— Qual o olho que vê melhor?
— O que não duvida.
— Por que o céu não cai sobre as nossas cabeças?
— Porque o druida existe.
— Quais foram as duas últimas palavras do mestre Hiang Ching antes de morrer?
— Ainda não.
— Mais alguma coisa?
— Sim.
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bibliografia degustada: ANTUNES, Arnaldo. PSIA. São Paulo: Iluminuras, 2001.
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bibliografia degustada: ANTUNES, Arnaldo. PSIA. São Paulo: Iluminuras, 2001.
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4 comentários:
Do caralho!
num é?
semana que vem colocarei minhas dívidas de carinho e leituras contigo.
seu livro está dentre as minhas primeiras leituras de FÉRIAS!!!!
finalmente...
saudade de ti.
bjs
Hahaha! Relájate, Pat! Tómate el tiempo que quieras. ^^
Bye!
También te extraño!
É como diz o Hakim Bey: "As palavras são de quem as usa apenas até que alguém as roube de volta".
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