22.8.10

Furtos e rapinas

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eduardo galeano
(tradução livre :: patrícia mc quade)

As palavras perdem seu sentido, enquanto perdem sua cor o mar verde e o céu azul, que foram pintados gentilmente pelas algas que lançaram oxigênio durante três bilhões de anos.

E a noite perde suas estrelas. Já há cartazes de protestos pregados nas grandes cidades do mundo:

Não nos deixam ver as estrelas.

Assinado: As pessoas.

E no firmamento apareceram já muitos cartazes que clamam:

Não nos deixam ver as pessoas.

Assinado: As estrelas.

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bibliografia: GALEANO, Eduardo. Bocas del tiempo. Buenos Aires : Catálogos, 2004, p. 249.

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