muitas palavras são a metade de um discurso
solitário entrecortado pelo vácuo de outra voz
só agora se ouve o sentido da falta de lógica das palavras
a outra metade ressoa de eco em eco
murmura de mar a mar
nos ouvidos surdos de hera
nos ouvidos surdos de hera
fica entre perguntas e respostas
desconectas e repetidas
como os olhos dentro do espelho olhando narciso
como olhos que tremem quando veem a noite
como olhos que esperam a paixão de si mesmo
no presente um mar de olundê se balança
entre uma onda e variados pensamentos
um mar deflorado dos seios-olhos de uma virgem viagem
rumor à outra costa do abismo
nasce de olhos d'água a chama que chama outro amor
nasce de olhos d'água uma outra caiala
e eco
de gota em gota
se cala
como os olhos dentro do espelho olhando narciso
como olhos que tremem quando veem a noite
como olhos que esperam a paixão de si mesmo
no presente um mar de olundê se balança
entre uma onda e variados pensamentos
um mar deflorado dos seios-olhos de uma virgem viagem
rumor à outra costa do abismo
nasce de olhos d'água a chama que chama outro amor
nasce de olhos d'água uma outra caiala
e eco
de gota em gota
se cala
***
Um comentário:
mas que são os monólogos se não diálogos antecipados?
(predomina a tagarelice da mente, a tormenta...)
Beijo, senhora dona Margarida-Florida!
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