9.9.09

Tempo que diz

eduardo galeano
(tradução livre :: patrícia mc quade)

A desintegração da persistência da memória :: Salvador Dalí


De tempo somos.
Somos seus pés e suas bocas.
Os pés do tempo caminham em nossos pés.
À curta ou à longa, já se sabe, os ventos do tempo apagarão as pegadas.
Travessia do nada, passos de ninguém? As bocas do tempo contam a viagem.

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bibliografia: GALEANO, Eduardo. Bocas del tiempo. Buenos Aires : Catálogos, 2004, p. 01.

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