*
— adeus!
ouviu-se da alma desnudada
agora de dor de palavras
esta tarde
frente ao mar
gaivotas sobrevoam pensamentos
a indolência
de uma carícia perdida
fica como o único alento
no roseiral do jardim
uma quietude inquietante
litanias de uma terra morta
o inacabável,
mas não inabalável:
a paz surpreende
e sementes de uma queixa
sobre razões e paisagens de amor
guardo o retrato para mim
de García Lorca
você, que nunca será
essa doçura que nunca terá
um lápis rumina o papel:
— é de vidro e se quebrou
pedra falsa do meu anel.
*
4 comentários:
Meu Deus... Nem sei o que dizer direito... Lindo de doer, isso sim.
Saudade de vc.
Beso!
bondade sua amiga sereia.
saudade demais tb.
bj
Né bondande não, é bom gosto mesmo.
Lindo!
E nós seguimos com nossos anéis de doces da infância...
sim,
cada anel com um gosto de doce em cores diferentes,
ainda que suas pedras se rompam pelos descaminhos da vida.
obrigada pelo carinho da leitura, sinhaninha.
tenho ainda muito que aprender nessa brincadeira de escrever.
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