de tanta vida de tanto sono de tanto sucesso de tanto óbito de tanto estudo de tanta emoção de tanto trabalho de tanto superfluo de tanta leitura de tanta escrita de tanta derrota de tanta cultura de tanto ofício de tanto ônibus
de pouco talento de pouco tempo de pouca cerveja de pouca leveza de pouco romance de pouco apoio de pouco alento de pouca centelha de pouco concerto de pouca virtude de pouca atitude de pouco arbítrio de pouco verde de pouco vento
creio: logrei a primícia do cansaço
primevoprincipiante
preambular
prefacial
primeiro
primitivo
do mundo
sou esse ser primígeo do esgotamento
recito o desabalo dos prelúdios de caracteres de-codificados
do enfado
do agastamento
do declínio
do desalento
arre!
forço a marcha
engato a primeira
e subo na retranca
4 comentários:
a gente vive de enganar esse desalento, de mascarar o desânimo. no mundo do sucesso, poucos se permitem desabafos...
Beijo.
esse desalento
esse desânimo
esses sucessos
esse desabafo
arre, ana!
é puro cansaço!!!
bj
que isso, amei essa poesia!!!
parabens, super, adorei mesmo!
obrigada izabela!
que bom que gostou.
e vc? tb escreve?
se puder e quiser, me conta.
bj
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