inadvertido vento que zunia
num clamor de tarde agaroadaanunciou breve ventania
leve presságio entre os mortais
e ninguém entendia nada
rabiscos no asfalto se via
folhas em voo arrebatado
o peso de redemoinhos se fazia
essa leveza, zéfiro sentia
e ninguém entendia nada
e ninguém entendia nada
cateter não drena ausências
coração em choque renasce a vida?
pulso que pulsa de repente batia
por quem zéfiro ventania?
e ninguém entendia nada
por que tão breve passeio
de zéfiro neste mundo refrão?
uma resposta que houvesse
cata-vento os sussurros do oeste
será que existe explicação!?
coração em choque renasce a vida?
pulso que pulsa de repente batia
por quem zéfiro ventania?
e ninguém entendia nada
por que tão breve passeio
de zéfiro neste mundo refrão?
uma resposta que houvesse
cata-vento os sussurros do oeste
será que existe explicação!?
brisa de asas plenas se sabia
como a força persuasiva do tempo
— zéfiro voltaria um dia —
como um moleque de pé-de-vento
cantar biruta nas ondas das meninas
de mistério em mistério nasce profecia
de vento se alumia o verbo
no céu das bocas roseas zéfiro luzia
e partiu florindo jacintos e saudades
ele, em rodopios, um dia voltaria
como a força persuasiva do tempo
— zéfiro voltaria um dia —
como um moleque de pé-de-vento
cantar biruta nas ondas das meninas
de mistério em mistério nasce profecia
de vento se alumia o verbo
no céu das bocas roseas zéfiro luzia
e partiu florindo jacintos e saudades
ele, em rodopios, um dia voltaria
e assim zéfiro ventania
depois
de embaraçar os cabelos de quem aqui ficava
***
(para jerson guimarães :: a quem chamávamos carinhosamente zé :: que entre jacintos e saudades nos deixou)
***
2 comentários:
Linda, linda poesia!
gracias! ;)
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